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domingo, 21 de dezembro de 2008
Pense um pouco...
Temos a oportunidade de viver no século XXI, e observar os debates acerca da existência do preconceito na sociedade mundial. Cientistas Sociais de todo o mundo se consumem horas e horas em pesquisas e teorias acerca do tema.
Estudos empíricos tão presentes quanto à própria existência e o crescimento deste que considero ser a principal “doença” que uma sociedade possa ter. Creio que mais explícitos e coercitivos do que nos anos anteriores.
À medida que os debates são mais presentes em escolas, nas universidades, nos grupos sociais, igrejas e na sociedade civil de uma forma geral, mais ainda, observa-se a presença deste fenômeno social negativo entre nós.
Por que a convivência entre os seres considerados “civilizados” sempre nos trouxe comportamentos cada vez mais primitivos e desumanos? A própria história da humanidade carrega traços culturais absurdos. Dentre eles a escravidão de índios e negros; a tentativa de se construir uma raça pura, mesmo que usando de extermínios de judeus, entre outros.
Rosa Parkers e Matin Luter King entregaram suas próprias vidas na busca de um ideal de igualdade entre os homens. Este ideal é presente como discurso, apenas discurso, entre a maioria dos seres humanos, mas que realidade, não existe.
As raízes da rejeição ao diferente são fabricadas dentro de casa, e por meio da própria arma que poderia ser de a favor da humanização, mas que é utilizada para legitimar e dar sustentações necessárias à existência de uma sociedade preconceituosa e doentia.
É comum ouvirmos afirmações como: “Não sou preconceituoso(a); as pessoas devem ser respeitadas e aceitas como são; eu odeio o racismo”. Mas por ironia, estas mesmas pessoas também se contradizem e dizem: “filha minha não casa com assalariado; não te quero andando com esses rapazes que têm cabelos estranhos e usam piercins e brincos; ele é muito velho pra você; você só irá se relacionar com uma pessoa da mesma classe social ou superior do que a sua. Filha minha, faça vestibular para uma área que vai te fazer rica...”. Mais isso, para elas, não se configura preconceito, e sim uma forma de ver e encarar as situações da vida.
Esta ignorância social, disseminada de forma alarmante, reforça as contradições que permeiam a sociedade contemporânea. Os jovens vivem numa dúvida constante, e são bombardeados de informações pelos vários meios e instrumentos de comunicação que pregam padrões comportamentais e estéticos, que por inúmeras vezes causam dores sem cura entre as pessoas. A bulimia, a anorexia, a aplicação de anabolizantes, o bullying são reflexos de doenças que são principalmente fabricadas nos lares ou então, são reforçados neles.
Os pais, em vez de serem as bases sólidas e eficazes para a formação de pessoas equilibradas e sadias, são na verdade, agentes da coerção e da formação doentia de uma sociedade que cresce a carregar vestígios da intolerância e de repulsa ao diferente.
A escola, através de suas disciplinas rígidas e não dialógicas também são aliadas a esta característica negativa observável. Mas nela, nem tudo está perdido, vez por outra, encontramos pessoas dedicadas com o compromisso social e educativo em busca de uma verdadeira humanização.
Respeito às diferenças e à livre escolha, devem constituir preocupações daqueles que ainda acreditam numa sociedade mais igualitária. Não precisamos ser mártires ou morrer pela causa, e sim proporcionar situações onde possamos plantar sementes da tolerância e respeito entre os seres humanos.
A humanização é algo possível, mas não simples. Por isso, precisamos de pessoas sadias que sejam ousadas em acreditar e perseguir sonhos que são palpáveis e realizáveis. Seja um semeador de coisas justas e cultive o respeito entre os indivíduos, desta forma, gerações futuras poderão colher tempos de paz e respeito.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Vamos Pensar um pouco ...
O tempo não pára
A partir do final do século XIX e início do séc. XX, o mundo passa por profundas transformações sócio-culturais e também econômicas. A sociedade acompanha essas transformações não só como expectadora, mas é conseqüência dessas mudanças estruturais. As culturas dessas sociedades são “bombardeadas” pelos meios de comunicação de massa, através da Indústria cultural que não limita esforços para implantar nas mentes dos indivíduos uma idéia – enlatada - já construída e pronta sobre algo, pronta para ser engolida pela massa.
A Televisão torna-se então um instrumento implacável desse fenômeno. Atualmente, pessoas adotam estilos, usam acessórios com a finalidade de ficarem parecidos com seus ídolos, mudam seus penteados, ouvem músicas, compram discos de bandas descartáveis e freqüentam lugares que são considerados os point’s do momento.
Aliado à televisão, está a Rede Mundial de Computadores – Internet. Sem sair de casa, os internautas, têm a seu dispor, o mundo na tela de seu computador. É a Globalização invadindo nossas vidas e ditando as novas regras sociais. Coitados! Além dos excluídos sociais, agora surge os excluídos digitais! Onde vamos parar? Ou melhor, quem disse que vamos parar? O poeta Cazuza já dizia: “o tempo não pára!”
CAMPELO, Weliandrei Duarte. Ciências Sociais. São Luis - Ma. Meus Ensaios 2008.
Meus Ensaios
O motivo da surpresa é que a festa de aniversário aconteceu em uma "lan house", onde a aniversariante convidou doze amigos e, ali, passarm três horas em frente ao computador com seus jogos em rede.
Ao termino da reportagem, tive a constatação de que realmente estamos em tempos de Globalização. As relações sociais estão se transformando e "colocando em risco" a noção de afetividade, solidariedade e, o que é pior fazendo com que os contatos sociais fiquem cada vez mais frios e escassos.
Diante desse quadro, nos resta ainda a escola. Ambiente que preserva os laços de socialização entre os indivíduos que, naturalmente, são sociais e necessitam do contato com outros da sua espécie, a fim de que a sociedade respire e almeje tempos de tolerância e humanização.
Felizmente, nós educadores, temos que manter a chama ainda acesa. Somos canais desse processo social e, também, responsáveis pelo papel profissional que desempenhamos: o de educar para transformar.
Por Weliandrei Campelo
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