(1858 – 1917)
Considerado o
Fundador da Sociologia. Preocupa-se em desenvolver um método científico para a
observação da sociedade. Nasceu em Epinal, na Alsácia, é de uma família de
rabinos. Iniciou seus estudos filosóficos na Escola Normal Superior de
Paris.Lecionou sociologia em Bordéus, transferiu-se em 1902 para Sorbonne.
SUAS PRINCIPAIS OBRAS FORAM: “Da divisão do trabalho social”, “O Suicídio”,
“Formas elementares da vida religiosa”, “Educação e sociedade”, “As regras do
Método Sociológico”.
BUSCA PELO MÉTODO: Durkheim e seus colaboradores se esforçaram por emancipar a sociologia
das demais teorias sobre a sociedade e constituí-la como disciplina rigorosamente
científica. Sua preocupação foi definir com precisão o objeto, o método
e as aplicações dessa nova ciência. Em uma de suas obras fundamentais, “As
regras do método sociológico”, publicada em 1895, Durkheim definiu com
clareza o objeto da sociologia – os fatos Sociais.
OS FATOS SOCIAIS: Comte deu o nome de Sociologia, mas Durkheim foi um dos seus grandes
teóricos. Imbuído de princípios Positivistas, Durkheim queria definir com rigor
a sociologia como ciência, rompendo com as ideias de senso comum – os “achismos”.
Para Durkheim, os
fatos sociais é experimentado pelo indivíduo como uma realidade independente
e preexistente.
“Se sou industrial,
nada me proíbe de trabalhar utilizando processos e técnicas do século passado;
mas, se o fizer, terei a ruína como resultado inevitável.” (DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico.
São Paulo: Nacional, 1963. p.3.)
CARACTERÍSTICAS DO FATO SOCIAL
G GENERALIDADE;
E EXTERIORIDADE;
C COERCITIVIDADE.
Generalidade: É
social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo
menos, na maioria deles.
Os acontecimentos
manifestam sua natureza coletiva, sejam eles os costumes, os sentimentos comuns
ao grupo, as crenças ou os valores. Formas de habitação, sistemas de
comunicação e a moral existente numa sociedade apresentam essa generalidade.
Exterioridade: Ao
nascermos, já encontramos regras sociais, costumes e leis que somos coagidos a
aceitar por meios de mecanismos de coerção social, como a educação
(socialização).
Não nos é dada a
possibilidade de opinar ou escolher, sendo assim independentes de nós, de
nossos desejos e vontades.
Coercitividade: O comportamento desviante num grupo social pode não ter penalidade
prevista por lei, mas o grupo pode espontaneamente reagir castigando quem se comporta
de forma discordante em relação a determinados valores e princípios. A reação negativa da sociedade a certa atitude
ou comportamento é, muitas vezes, mais intimidadora do que a lei.
A OBJETIVIDADE DO FATO SOCIAL: Durkheim procurou definir o método de conhecimento da
sociologia. Para ele, a explicação científica exige que o pesquisador
estabeleça e mantenha certa distância e neutralidade em relação aos
fatos, procurando preservar a objetividade de sua análise.
Durkheim recomenda
que seja deixado de lado suas pré-noções (valores e sentimentos
pessoais em relação àquilo que está sendo estudado).
FATOS SOCIAIS COMO “COISAS”: Durkheim aconselhava o sociólogo a encarar os fatos
sociais como “coisas”, isto é, objetos que lhe são exteriores. O cientista,
isento de paixão, desejo e preconceito, dispõe de métodos objetivos, como a
observação, a descrição, a comparação e o cálculo estatístico, para apreender
suas regularidades.
IDENTIFICANDO OS FATOS SOCIAIS: Segundo Durkheim, para identificar os fatos sociais
entre os diversos acontecimentos, o cientista deve ater-se àqueles
acontecimentos mais gerais e repetitivos e que apresentem características
exteriores comuns.
Por exemplo: Os
crimes – pois existem em toda e qualquer sociedade e tem como característica
comum provocarem uma reação negativa, concreta e observável da sociedade contra
quem os pratica (penalidade).
CONSCIÊNCIA COLETIVA: Para Durkheim, a consciência coletiva é o conjunto de crenças e de sentimentos
comuns à média da população de uma
determinada sociedade, formando um sistema com vida própria, que exerce
uma força coercitiva sobre seus membros, como o devoto que, ao nascer, já
encontra as crenças e práticas religiosas estruturadas e em plena
atividade. É um sistema que existe
fora do indivíduo, mas que o controla pela pressão moral e psicológica,
ditando as maneiras como a sociedade espera que se comporte.
PODEMOS CONCLUIR QUE...
A “generalidade”
de um fato social representava, para Durkheim, o consenso social e a vontade
coletiva.
Durkheim aconselhava
o cientista a estudar os “fatos sociais” como “coisas”,
fenômeno que são exteriores e podem ser observados e medidos de forma objetiva.
REFERÊNCIA: COSTA,
Maria Cristina Castilho. Sociologia:
introdução à ciência da sociedade. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2005.
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