Arte
e Filosofia
Então, pergunta-se: o que significa, afinal,
filosofia da arte? Como ela surgiu? E, mais importante, como é possível pensar
a arte filosoficamente?
A relação do pensamento filosófico com a criação
artística.
Concepções
da relação arte-sociedade
Formalismo – é a perfeição da forma que conta e não o
conteúdo da obra;
Conteudista – é a “mensagem” que conta,
mesmo que a forma da obra seja precária, descuidada, repetitiva e sem força
inovadora.
“A arte seria
tratada simplesmente como objeto de mercadoria, estando sujeita as leis de
oferta e procura do mercado.”
O
nascimento da arte de massa
Com o desenvolvimento da sociedade industrial e das
grandes metrópoles, surge então grande massa de consumidores dos produtos
industriais para os quais começaram a ser reproduzidas, em larga escala.
Distinguem-se em:
Folclore ( baseado nas tradições);
Popular (criações dos artistas que pertencem à classe trabalhadora);
Erudita ou de elite (as criações complexas e de vanguarda);
De Massa: (financiada por empresas e produzem em escala industrial).
Industria
Cultural e Cultura de Massa
Termo dado pelos filósofos Adorno e Horkheimer.
Adorno e Horkheimer afirmavam que a máquina capitalista de reprodução e
distribuição da cultura estaria apagando aos poucos tanto a arte erudita quanto
a arte popular.
Isso estaria acontecendo porque o valor crítico
dessas duas formas artísticas é neutralizado por não permitir a participação
intelectual dos seus espectadores. Sendo
apenas receptores.
As
regras do mercado
De fato, a partir da segunda revolução industrial no
séc. XIX nas chamadas sociedades pós-industrial ou sociedade pós-moderna, as
artes foram submetidas a uma nova servidão: as regras do mercado capitalista
e a ideologia da Industria Cultural.
“As obras de arte são mercadorias, como tudo
o que existe no capitalismo”.
Arte
como espetáculo
A Industria cultural também cria a ilusão de que
todos têm acesso aos mesmos bens culturais, cada um escolhendo livremente o que
deseja.
A industria cultural vende cultura. Para vendê-la,
deve seduzir e agradar o consumidor.
A “média” é o senso comum cristalizado que a
industria cultural devolve com cara de coisa nova.
Os
meios de comunicação
A expressão comunicação de massa foi criada
para referir-se aos objetos tecnológicos capazes de transmitir a mesma
informação para um público amplo (massa).
A industria cultural e a comunicação de massa não
podem ser tratadas como coisas distintas, pois, ambas são capazes de atingir um
grande número de indivíduos, de transmitir um conhecimento ou de alienar. São
pertencentes a cultura de massa a televisão, o rádio, os jornais, as revistas e
toda e qualquer fonte de informação.
Não pelo que são, mas sim por serem utilizadas pela
elite com o real intuito de manipular a população.
Considerações
Finais
Considerando-se, diz Adorno, que o iluminismo tem
como finalidade libertar os homens do medo, tornando-os senhores e liberando o
mundo da magia e do mito, admitindo-se
que essa finalidade pode ser atingida por meio da Ciência e da tecnologia, tudo
levaria a crer que o iluminismo instauraria o poder do homem sobre a Ciência e
sobre a técnica.
Mas os invés disso, liberto do medo mágico, o homem
tornou-se vítima de novo engodo; o progresso da dominação técnica. Esse
progresso transformou-se em poderoso instrumento utilizado pela industria
cultural para conter o desenvolvimento da consciência das massas. A indústria
cultural, nas palavras do próprio Adorno, “impede a formação de indivíduos autônomos,
independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente.
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