domingo, 29 de abril de 2012

O Universo das Artes


Arte e Filosofia
Então, pergunta-se: o que significa, afinal, filosofia da arte? Como ela surgiu? E, mais importante, como é possível pensar a arte filosoficamente?
A relação do pensamento filosófico com a criação artística.

Concepções da relação arte-sociedade
Formalismoé a perfeição da forma que conta e não o conteúdo da obra;
Conteudistaé a “mensagem” que conta, mesmo que a forma da obra seja precária, descuidada, repetitiva e sem força inovadora.
“A arte seria tratada simplesmente como objeto de mercadoria, estando sujeita as leis de oferta e procura do mercado.”

O nascimento da arte de massa
Com o desenvolvimento da sociedade industrial e das grandes metrópoles, surge então grande massa de consumidores dos produtos industriais para os quais começaram a ser reproduzidas, em larga escala.
Distinguem-se em:
Folclore ( baseado nas tradições);
Popular (criações dos artistas que pertencem à classe trabalhadora);
Erudita ou de elite (as criações complexas e de vanguarda);
De Massa: (financiada por empresas e produzem em escala industrial).

Industria Cultural e Cultura de Massa
Termo dado pelos filósofos Adorno e Horkheimer.
Adorno e Horkheimer afirmavam que a máquina capitalista de reprodução e distribuição da cultura estaria apagando aos poucos tanto a arte erudita quanto a arte popular.
Isso estaria acontecendo porque o valor crítico dessas duas formas artísticas é neutralizado por não permitir a participação intelectual dos seus espectadores.  Sendo apenas receptores.

As regras do mercado
De fato, a partir da segunda revolução industrial no séc. XIX nas chamadas sociedades pós-industrial ou sociedade pós-moderna, as artes foram submetidas a uma nova servidão: as regras do mercado capitalista e a ideologia da Industria Cultural.
“As obras de arte são mercadorias, como tudo o que existe no capitalismo”.

Arte como espetáculo
A Industria cultural também cria a ilusão de que todos têm acesso aos mesmos bens culturais, cada um escolhendo livremente o que deseja.
A industria cultural vende cultura. Para vendê-la, deve seduzir e agradar o consumidor.
A “média” é o senso comum cristalizado que a industria cultural devolve com cara de coisa nova.

Os meios de comunicação
A expressão comunicação de massa foi criada para referir-se aos objetos tecnológicos capazes de transmitir a mesma informação para um público amplo (massa).
A industria cultural e a comunicação de massa não podem ser tratadas como coisas distintas, pois, ambas são capazes de atingir um grande número de indivíduos, de transmitir um conhecimento ou de alienar. São pertencentes a cultura de massa a televisão, o rádio, os jornais, as revistas e toda e qualquer fonte de informação.
Não pelo que são, mas sim por serem utilizadas pela elite com o real intuito de manipular a população.

Considerações Finais
Considerando-se, diz Adorno, que o iluminismo tem como finalidade libertar os homens do medo, tornando-os senhores e liberando o mundo da magia e do mito,  admitindo-se que essa finalidade pode ser atingida por meio da Ciência e da tecnologia, tudo levaria a crer que o iluminismo instauraria o poder do homem sobre a Ciência e sobre a técnica.
Mas os invés disso, liberto do medo mágico, o homem tornou-se vítima de novo engodo; o progresso da dominação técnica. Esse progresso transformou-se em poderoso instrumento utilizado pela industria cultural para conter o desenvolvimento da consciência das massas. A indústria cultural, nas palavras do próprio Adorno, “impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente.

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