A
Exploração do Homem pelo próprio Homem
Vida
e Obra
Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx nasceu
em Trier em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883.
Estudou na universidade de Berlim.
Em 1844, conheceu em Paris
Friedrich Engels, começo de uma amizade íntima durante a vida toda. Foi, no ano
seguinte, expulso da França, radicando-se em Bruxelas e participando de
organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que na
França estourou a revolução, em 24 de fevereiro de 1848, Marx e Engels
publicaram o folheto O Manifesto Comunista,
primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada
marxista.
Em 1867
publicou Marx o primeiro volume de sua obra mais importante: O Capital. É um livro
principalmente econômico, resultado dos estudos no British Museum, tratando da
teoria do valor, da mais-valia,
da acumulação do capital etc.
Marx
reuniu documentação imensa para continuar esse volume, mas não chegou a
publicá-lo. Os volumes II e III de O Capital
foram editados por Engels, em 1885 e em 1894. Outros textos foram publicados
por Karl Kautsky como volume IV (1904-10).
MATERIALISMO
HISTÓRICO
Na
teoria marxista, o materialismo
histórico pretende a explicação da história das sociedades humanas,
em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e
técnicos. A sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a
infra-estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto o
edifício em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes,
instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc). A propósito, Marx
escreveu, na obra A Miséria da filosofia (1847) na qual estabelece
polêmica com Proudhon:
“As relações sociais são inteiramente
interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os
homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida, modificam
todas as relações sociais. O moinho a braço vos dará a sociedade com o
suserano; o moinho a vapor, a sociedade com o capitalismo industrial”.
AS
LUTAS DE CLASSE
Pretendendo caracterizar não apenas uma visão
econômica da história, mas também uma visão histórica da economia, a teoria
marxista também procura explicar a evolução das relações econômicas nas
sociedades humanas ao longo do processo histórico.
Haveria, segundo a concepção marxista, uma
permanente dialética das forças entre poderosos e fracos, opressores e
oprimidos, a história da humanidade seria constituída por uma permanente luta
de classes, como deixa bem claro a primeira frase do primeiro capítulo d’O
Manifesto Comunista:
“A história de toda sociedade passado é
a história da luta de classes”.
Para Marx os trabalhadores estariam dominados pela
ideologia da classe dominante, ou seja, as idéias que eles têm do mundo e da
sociedade seriam as mesmas idéias que a burguesia espalha. Para Marx, quanto
mais o mundo se unifica economicamente mais ele necessita de socialismo.
Marx tentou demonstrar que no capitalismo sempre
haveria injustiça social, e que o único jeito de uma pessoa ficar rica e
ampliar sua fortuna seria explorando os trabalhadores, ou seja, o capitalismo,
de acordo com Marx é selvagem, pois o operário produz mais para o seu patrão do
que o seu próprio custo para a sociedade, e o capitalismo se apresenta
necessariamente como um regime econômico de exploração, sendo a mais-valia a lei
fundamental do sistema.
MARX
E A LUTA DE CLASSE
Luta de classes foi a denominação dada por Karl Marx, ideólogo do comunismo juntamente com Friedrich Engels, para designar o confronto entre o
que consideravam os opressores (a burguesia)
e os oprimidos (o proletariado), consideradas classes
antagônicas e existentes no modo de produção capitalista. A luta de classes se
expressa nos terrenos econômico, ideológico e político.
Ela teria começado com a criação da propriedade privada dos meios de produção. A partir daí, a
sociedade passou a ser dividida entre proprietários (burguesia)
e trabalhadores (proletariado),ou seja, possuidores dos meios de produção e possuidores unicamente
de sua força de trabalho.
MAIS-VALIA
Karl Marx chama a atenção para o fato de que os
capitalistas, uma vez pago o salário de mercado pelo uso da força de trabalho,
podem lançar mão de duas estratégias para ampliar sua taxa de lucro: estender a
duração da jornada de trabalho mantendo o salário constante - o que ele chama
de mais-valia absoluta; ou ampliar a produtividade física do trabalho
pela via da mecanização - o que ele chama de mais-valia relativa. Em
fazendo esta distinção, Marx rompe com a idéia ricardiana do lucro como "resíduo"
e percebe a possibilidade de os capitalistas ampliarem autonomamente suas taxas
de lucro sem dependerem dos custos de simples reprodução física da mão-de-obra.
SOCIALISMO
A História das Idéias Socialistas possui alguns
cortes de importância. O primeiro deles é entre os socialistas Utópicos e os
socialistas Científicos, marcado pela introdução das idéias de Marx e Engels no
universo das propostas de construção da nova sociedade. O avanço das idéias
marxistas consegue dar maior homogeneidade ao movimento socialista
internacional.
Pela primeira vez, trabalhadores de países
diferentes, quando pensavam em socialismo, estavam pensando numa mesma
sociedade - aquela preconizada por Marx - e numa mesma maneira de chegar ao
poder.
COMUNISMO
As idéias básicas de Karl Marx estão expressas
principalmente no livro O Capital e n'O Manifesto Comunista, obra
que escreveu com Friedrich Engels, economista alemão. Marx acreditava que a única
forma de alcançar uma sociedade feliz e harmoniosa seria com os trabalhadores
no poder. Em parte, suas idéias eram uma reação às duras condições de vida dos
trabalhadores no século XIX, na França, na Inglaterra e na Alemanha. Os
trabalhadores das fábricas e das minas eram mal pagos e tinham de trabalhar
muitas horas sob condições desumanas.
Marx estava convencido que a vitória do comunismo
era inevitável. Afirmava que a história segue certas leis imutáveis, à medida
que avança de um estágio a outro. Cada estágio caracteriza-se por lutas que
conduzem a um estágio superior de desenvolvimento. O comunismo, segundo Marx, é
o último e mais alto estágio de desenvolvimento.
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