Acadêmico era decano do Departamento de Antropologia Social do Museu Nacional daUFRJ. Ele teve um AVC na noite deste sábado
Rio - O antropólogo Gilberto Velho morreu na madrugada deste sábado, aos 66 anos, no Rio, enquanto dormia em casa, em Ipanema. Cardiopata, ele sofreu um acidente vascular cerebral.
Gilberto Velho era decano do Departamento de Antropologia Social do Museu Nacional da UFRJ desde 1999 e membro da Academia Brasileira de Ciências desde junho de 2000.
Sua obra tem ênfase no estudo de camadas médias e elites urbanas, mas aborda ainda áreas diversificadas como a antropologia das sociedades complexas, a teoria da cultura, a antropologia e sociologia da arte, estudos de transe e possessão, desvio, a problemática do uso de drogas, violência e interpretações do Brasil.
Mais recentemente, vinha trabalhando em estabelecer comparações entre o Brasil e outras sociedades, mais especificamente, com Portugal.
Ele foi autor e organizador de 16 livros – entre as principais obras estão "Mudança, Crise e Violência: política e cultura no Brasil contemporâneo" (2002) e "A Utopia Urbana: um estudo de antropologia social" (1973) –, escreveu mais de 160 artigos em periódicos nacionais e internacionais e orientou mais de 60 teses de doutorado e mestrado.
Doutor em Ciências Humanas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, fez o mestrado em Antropologia Social e bacharelado em Ciências Sociais na UFRJ. Depois, fez especialização em Antropologia Urbana e Sociedades Complexas no Departamento de Antropologia da Universidade do Texas, em Austin.
Foi professor visitante e conferencista em universidades como Northwestern University, Boston University, Columbia University, Berkeley University, University of Texas (Austin), Universidade de Utrech e Universidade de Leiden (Holanda).
O enterro será neste domingo, às 17h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
As informações são do iG
Nenhum comentário:
Postar um comentário