Marista 2º ano EM
Os objetos simbólicos
A religião não sacraliza apenas o espaço e o tempo, mas também seres e
objetos do mundo, que se tornam símbolos de algum fato religioso. Os símbolos
se tornam sagrados quando ganham sentido de protetor, perseguidor, benfeitor,
ameaçador. Ex.: animais, objetos que se tornam sagrados através dos ritos.
(ver tabu).
Os tabus se referem ou a objetos e seres puros ou purificados para os
deuses, ou a objetos e seres impuros, que devem ser permanecer afastados dos
deuses e dos humanos.
Manifestação e revelação
Há religiões em que os deuses se manifestam: surgem diante dos humanos
em beleza, esplendor, perfeição e poder e os levam a ver uma outra
realidade. As manifestações são as mais diversas, tomando por base, sonhos,
revelações, intuições, etc. A religião afirma-se como uma manifestação da verdade
e a revelação da vontade divina sobre os homens. Aos humanos é dado
conhecer seu destino e o de todas as coisas, isto é, as leis divinas.
A lei divina
Os deuses são poderes misteriosos. São forças personificadas e por isso
são vontades.
A vontade divina pode tornar –se parcialmente conhecida dos humanos na
forma de leis:
decretos , mandamentos, ordenamentos, comandos emanados da divindade. Ex.:
“Os dez mandamentos”.
O modo como a vontade divina se manifesta em leis permite distinguir
dois grandes tipos de religião: Há religiões em que a divindade usa
intermediários para revelar a lei. Ex.: os profetas, videntes. Em
outras, os deuses manifestam sua lei diretamente, sem recorrer a
intermediários. São religiões da iluminação individual e do êxtase
místico.
A vida após a morte
Na quase totalidade das
religiões o mistério da morte é sempre explicado como consequência de alguma
falta cometida contra algum deus ou de alguma ofensa que os homens fizeram aos
deuses. Nas religiões da salvação, como é o caso do judaísmo, do
cristianismo e do islamismo, a felicidade perene não é apenas individual,
mas também coletiva. Nesse tipo de religião, a obra de salvação é realizada por
um enviado de Deus – messias, em hebraico; cristo, em grego.
As religiões de salvação são messiânicas e coletivas. Um povo – povo de
Deus – será salvo pela lei e pelo enviado divino.
Há religiões da exterioridade e religiões da interiorização.
As religiões da exterioridade são aquelas em que os deuses possuem forma
visível (humana, animal, vegetal ou mineral).
As religiões da interioridade são aquelas em que a divindade é
concebida como puro espírito, invisível para os olhos de nosso corpo, e
se dirige ao coração, ao espírito, à alma do crente, falando à sua consciência
e julgando os atos humanos pelas intenções interiores do agente.
À medida que as relações sociais se tornam mais complexas, com divisões
sociais do trabalho e da propriedade, o poder religioso passa por uma divisão
hierárquica. Poder da interpretação e doutrina.
Portanto...
Voltando-se contra a religião revelada e institucionalizada como
poder eclesiástico e poder teológico-político, os filósofos afirmavam a
existência de um Deus que é uma força ou uma energia inteligente, imanente à
natureza, conhecido pela razão e contrário à superstição.
Observamos, portanto, que as críticas à religião voltam-se contra dois
de seus aspectos: o encantamento do mundo, considerando superstição, e o
poder teórico-político institucional, considerado tirânico.
Um comentário:
Muito obrigado professor! Bjsss
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