sexta-feira, 6 de abril de 2012

A EXPERIÊNCIA DO SAGRADO

Marista 2º ano EM

Os objetos simbólicos
A religião não sacraliza apenas o espaço e o tempo, mas também seres e objetos do mundo, que se tornam símbolos de algum fato religioso. Os símbolos se tornam sagrados quando ganham sentido de protetor, perseguidor, benfeitor, ameaçador. Ex.: animais, objetos que se tornam sagrados através dos ritos. (ver tabu).
Os tabus se referem ou a objetos e seres puros ou purificados para os deuses, ou a objetos e seres impuros, que devem ser permanecer afastados dos deuses e dos humanos.
Manifestação e revelação
Há religiões em que os deuses se manifestam: surgem diante dos humanos em beleza, esplendor, perfeição e poder e os levam a ver uma outra realidade. As manifestações são as mais diversas, tomando por base, sonhos, revelações, intuições, etc. A religião afirma-se como uma manifestação da verdade e a revelação da vontade divina sobre os homens. Aos humanos é dado conhecer seu destino e o de todas as coisas, isto é, as leis divinas.
A lei divina
Os deuses são poderes misteriosos. São forças personificadas e por isso são vontades.
A vontade divina pode tornar –se parcialmente conhecida dos humanos na forma de leis:
decretos , mandamentos, ordenamentos, comandos emanados da divindade. Ex.: “Os dez mandamentos”.
O modo como a vontade divina se manifesta em leis permite distinguir dois grandes tipos de religião: Há religiões em que a divindade usa intermediários para revelar a lei. Ex.: os profetas, videntes. Em outras, os deuses manifestam sua lei diretamente, sem recorrer a intermediários. São religiões da iluminação individual e do êxtase místico.
A vida após a morte
Na quase totalidade  das religiões o mistério da morte é sempre explicado como consequência de alguma falta cometida contra algum deus ou de alguma ofensa que os homens fizeram aos deuses. Nas religiões da salvação, como é o caso do judaísmo, do cristianismo e do islamismo, a felicidade perene não é apenas individual, mas também coletiva. Nesse tipo de religião, a obra de salvação é realizada por um enviado de Deus – messias, em hebraico; cristo, em grego.
As religiões de salvação são messiânicas e coletivas. Um povo – povo de Deus – será salvo pela lei e pelo enviado divino.
Há religiões da exterioridade e religiões da interiorização. As religiões da exterioridade são aquelas em que os deuses possuem forma visível (humana, animal, vegetal ou mineral).
As religiões da interioridade são aquelas em que a divindade é concebida como puro espírito, invisível para os olhos de nosso corpo, e se dirige ao coração, ao espírito, à alma do crente, falando à sua consciência e julgando os atos humanos pelas intenções interiores do agente.
À medida que as relações sociais se tornam mais complexas, com divisões sociais do trabalho e da propriedade, o poder religioso passa por uma divisão hierárquica. Poder da interpretação e doutrina.
Portanto...
Voltando-se contra a religião revelada e institucionalizada como poder eclesiástico e poder teológico-político, os filósofos afirmavam a existência de um Deus que é uma força ou uma energia inteligente, imanente à natureza, conhecido pela razão e contrário à superstição.
Observamos, portanto, que as críticas à religião voltam-se contra dois de seus aspectos: o encantamento do mundo, considerando superstição, e o poder teórico-político institucional, considerado tirânico.

Um comentário:

Potência disse...

Muito obrigado professor! Bjsss