sexta-feira, 6 de abril de 2012

PLATÃO


Upaon Açu 2º ano EM


Alicerces da filosofia ocidental
Seu nome verdadeiro era Arístocles, mas ganhou o apelido de Platão por possuir um corpo atlético (ombros largos). Fundou em Atenas sua própria escola filosófica, a Academia. Uma espécie de universidade pioneira dedicada a pesquisa científica e filosófica, além de um centro de formação política. Seus pensamentos nos foi transmitido pelos diálogos socráticos.

Dualismo Platônico
Defendeu a realidade como dualista, isto é, segundo ele, existiriam duas realidades opostas:
MUNDO SENSÍVEL: corresponde à matéria e compõe-se das coisas como a percebemos na vida cotidiana (pelas sensações) as quais surgem e desaparecem continuamente.
MUNDO INTELIGÍVEL: corresponde às ideias, que são sempre as mesmas para o intelecto, de tal maneira que nos permitem experimentar a dimensão do eterno, do imutável, do perfeito.

Demiurgo e o mundo
Apesar de, para Platão existirem apenas essas duas realidades, ele supôs que uma terceira realidade operou na criação do mundo. Defendeu a ideia de que o universo (o mundo sensível) surgiu por obra de um demiurgo (palavra grega – “aquele que faz”). De acordo com essa doutrina, o demiurgo buscou as ideias eternas do mundo inteligível como modelo para dar forma à matéria indeterminada. De outro lado, o mundo sensível foi construído pelo demiurgo (“artesão”) à imagem das ideias eternas.

Teoria das ideias
PROCESSO DE CONHECIMENTO
Para Platão, esta epistemologia se desenvolve por meio da passagem progressiva do mundo sensível, das sombras e aparências, para o mundo das ideias, das essências (ou seres verdadeiros).
A primeira etapa é denominada de impressões ou sensações advindas dos sentidos, responsável pela opinião.

O Conhecimento para ser autêntico deve ultrapassar as esferas das impressões e penetrar na esfera racional da sabedoria, o mundo das ideias.
O método responsável segundo Platão para realizar essa passagem e atingir o conhecimento autêntico é a dialética.
A dialética consiste na contraposição de uma opinião à crítica que dela podemos fazer. Para reduzir erros e equívocos.

Platão e o Mito da Caverna
O mito ou “Alegoria” da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VI de “A República” onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal. Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.
A narrativa expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira.
Este modo de contar as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido.
A caverna é o mundo ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas, (pré-conceitos, pré-juízos). O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres sensíveis. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria.

A Caverna nos dias de Hoje
Reis-filósofos
Platão elaborou uma doutrina política segundo a qual somente os filósofos, eternos amantes da verdade, teriam condições de libertar-se da caverna das ilusões e atingir o mundo luminoso da realidade e sabedoria. 

A República
Em seu livro, imaginou uma sociedade ideal, governada por reis-filósofos. Pessoas capazes de atingir o mais alto conhecimento do mundo das ideias (o bem).


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