Upaon Açu 2º ano EM
Alicerces da filosofia ocidental
Seu nome verdadeiro
era Arístocles, mas ganhou o apelido de Platão por possuir um corpo
atlético (ombros largos). Fundou em Atenas sua própria escola filosófica, a
Academia. Uma espécie de universidade pioneira dedicada a pesquisa científica e
filosófica, além de um centro de formação política. Seus pensamentos nos foi
transmitido pelos diálogos socráticos.
Dualismo Platônico
Defendeu a realidade
como dualista, isto é, segundo ele, existiriam duas realidades opostas:
MUNDO SENSÍVEL: corresponde
à matéria e compõe-se das coisas como a percebemos na vida cotidiana (pelas
sensações) as quais surgem e desaparecem continuamente.
MUNDO INTELIGÍVEL: corresponde às ideias, que são sempre as mesmas para o
intelecto, de tal maneira que nos permitem experimentar a dimensão do eterno,
do imutável, do perfeito.
Demiurgo e o
mundo
Apesar de, para
Platão existirem apenas essas duas realidades, ele supôs que uma terceira
realidade operou na criação do mundo. Defendeu a ideia de que o universo (o
mundo sensível) surgiu por obra de um demiurgo (palavra grega – “aquele que
faz”). De acordo com essa doutrina, o demiurgo buscou as ideias eternas do
mundo inteligível como
modelo para dar forma à matéria indeterminada.
De outro lado, o mundo sensível foi construído pelo demiurgo (“artesão”)
à imagem das ideias eternas.
Teoria das ideias
PROCESSO DE CONHECIMENTO
Para Platão, esta
epistemologia se desenvolve por meio da passagem progressiva do mundo sensível,
das sombras e aparências, para o mundo das ideias, das essências (ou seres verdadeiros).
A primeira etapa é
denominada de impressões
ou sensações advindas dos
sentidos, responsável pela opinião.
O Conhecimento para ser autêntico deve ultrapassar as
esferas das impressões e penetrar na esfera racional da sabedoria, o mundo das ideias.
O método responsável
segundo Platão para realizar essa passagem e atingir o conhecimento autêntico é
a dialética.
A dialética consiste na contraposição de uma opinião à crítica que dela
podemos fazer. Para reduzir erros e equívocos.
Platão e o Mito da Caverna
O mito ou “Alegoria”
da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo
parte constituinte do livro VI de “A República” onde Platão discute
sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.
Trata-se da exemplificação de como podemos nos libertar da condição de
escuridão que nos aprisiona através da luz da verdade.
A narrativa expressa
dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados
no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada
por uma fogueira.
Este modo de contar
as coisas tem o seu significado: os prisioneiros somos nós que, segundo
nossas tradições diferentes, hábitos diferentes, culturas diferentes, estamos
acostumados com as noções sem que delas reflitamos para fazer juízos corretos, mas
apenas acreditamos e usamos como nos foi transmitido.
A caverna
é o mundo ao nosso redor, físico, sensível em que as imagens prevalecem sobre
os conceitos, formando em nós opiniões por vezes errôneas e equivocadas,
(pré-conceitos, pré-juízos). O mundo fora da caverna representa o mundo real, que para
Platão é o mundo inteligível por possuir Formas ou Ideias que guardam consigo
uma identidade indestrutível e imóvel, garantindo o conhecimento dos seres
sensíveis. A descida é a vontade ou a obrigação moral que o homem
esclarecido tem de ajudar os seus semelhantes a saírem do mundo da ignorância e
do mal para construírem um mundo (Estado) mais justo, com sabedoria.
A Caverna nos dias de Hoje
Reis-filósofos
Platão elaborou uma
doutrina política segundo a qual somente os filósofos, eternos amantes da
verdade, teriam condições de libertar-se da caverna das ilusões e atingir o
mundo luminoso da realidade e sabedoria.
A República
Em seu livro, imaginou
uma sociedade ideal, governada por reis-filósofos. Pessoas capazes de atingir o
mais alto conhecimento do mundo das ideias (o bem).
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